sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Anam Cara - 2a parte


"Somos tão privilegiados por ainda dispor de tempo. Temos apenas uma vida, e é uma lástima limitá-la por medo ou pr falsas barreiras.
É belo imaginas que a verdadeira Divindade é a presença em toda beleza, unidade, criatividade, escuridão e negatividade estão harmonizadas.
Ás vezes a grande escassez de bênçãos em nós e á nossa volta origina-se do fato de não estarmos levando a vida que apreciamos, de estarmos, antes, levando a vida que se espera de nós. Perdemos o ritmo coma secreta assinatura e luz de nossa Natureza."

Ontem mesmo, eu conversava com a Andréa e, em mais um de vários retrospectos e devaneios, compreendi que, por mais que nós pensamos que somos fortes e únicos, muitas vezes a necessidade de ser aceito, de fazer parte de um grupo, torna-se uma voz hipnótica, que fecha os ouvidos para a voz da alma. É neste momento que acabamos perdendo a identidade, e sob o efeito da urgência de ser aceito nos dissolvemos em um determinado grupo. Quando isso acontece, o risco é chegar em um ponto onde o indivíduo já não sabe mais onde é o seu fim e o início do outro, ////////o efeito devastador é que, ao abdicarmos de nós mesmos, a possibilidade de fazer parte do grupo vira um jogo de roleta-russa, onde as possibilidades de fazer parte de um grupo deiguais é de 1 em 100. Na maioria das vezes, a mulher se anula, e, não correspondendo ao meio que ela se impôs, acaba solitária, por não faezr parte daquele meio, e abandonada de si mesma.Episódios de abandono de si mesmo deixam armadilhas por toda parte.É como se fosse uma série de ritos de passagem durante a vida para a pessoa encontrar-se com si mesma. Sempre há expectativas e exigências de fora que acabam em nossas mãos. A mãe tem suas expectativas, os colegas de trabalho, companheiros e amigos,
Tentar desesperadamente viver os papéis que cada um espera de você é um desgaste enorme de energia. Quando tentei viver de acordo com o meio social que cismava que eu PRECISAVA conquistar, tudo na minha vida em particular dava errado. Tudo era difícil, sofrido, tudo podia desmoronar a qualquer instante se eu não agisse, e rápido. A forma que eu encontrei de “libertação” começou por distinguir o que havia realmente de problemas, quais deles existiam e quais deles eram apenas imaginários. Antes de me envolver em situações difíceis entre familiares,a migos, conhecidos, o mais prático e efetivo é pensar: “O que nisso tudo é realmente meu?”. É assustadora a quantidade de vezes em que a resposta para esta pergunta é “Nada”.
Ao viver em função do meio social em detrimento de si próprio, a vida acaba sendo anulada. Mas ela continua acontecendo. Ao se abandonar em função de outros grupos, a própria vida fica ás moscas. A mente se ocupa em resolver o mundo de fora, e o de dentro fica abandonado.
Viver feliz não é uma meta. O mais importante é que, antes de qualquer outra pessoa, a sua própria vida há de ser vivida PLENAMENTE. Encontrar o equilíbrio entre a euforia, e a apatia, permitir-se sofrer, identificar seu sofrimento e sua alegria, e aprender mais de si mesmo com eles, é viver plenamente. Se permitir viver é viver plenamente.
Conheci uma pessoa que sempre que eu tinha problemas me dizia: “Você ainda é nova, dá pra resolver”. E começava a contar seus dramas pessoais e dificuldades profissionais. O problema ´foi ter chegado a uma idade avançada e ao olhar para trás, descobrir o quanto sua vida mal foi vivida. Ele não estava no centro de sua vida. O centro de sua vida era a carreira, era a ambição. E ele girava em torno disso. O ideal é ser o centro da sua vida. O resto que gire á sua volta, você trabalha sua vida e seu destino. A vida tem um prazo de validade, e cada momento deve ser apreciado, pois até mesmo a luz e a escuridão, todos tem a sua beleza divina. A natureza das criaturas de Deus (seja lá como você chame!) é admitir que não são apenas parte da Criação, mas também somos os Criadores...abdicar da própria Natureza, é abdicar-se de si mesmo. Ao abdicar de si mesmo, a energia criativa se esvai e se esconde cada vez mais profundo, ficando cada vez mais difícil de encontrar quando é necessário.
Então, reavalie: o que é a sua vida, o que não é? Você está vivendo os momentos do dia a dia em sua intensidade? Você enxerga a beleza da vida, emprega suas energias e forças criativas no que quer, ou a entrega nas mãos de outrem?

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