segunda-feira, 23 de março de 2009

Tupã Tenondé


Fonte: Tupã Tenondé
Ñe'e Porã Tenondé (Nossas Primeiras Palavras Formosas)


Nossa primeira canção
Criou-se por si mesma
Na vazia Noite Iniciada

As Sagradas Plantas dos Pés
O pequeno assento arredondado
do Vazio Inicial
enraizou Seu florescer

Círculo desdobrado da Sabedoria individual
fluiu-se Divino todo Ouvir
As Divinas palmas das mãos portando o bastão de poder
As Divinas palmas das mãos feito ramas floridas
Tramam o Imanifestado, na dobra de Sua evolução
No meio da Primeira Grande Noite

Da Divina coroa irradiavam
Flores plumas adornadas
em leque
Em meios ás flores plumas floresce
a coroa-pássaro
do pássaro-futuro,
luz veloz que paira
em flor e beijo
que voa, não voando

Nossa Primeira Canção criava
futuro colibri, no curso de sua evolução, seu Divino corpo
Existia no entando em meio aos primeiros Ventos futuros
Como coruja dentro da noite Primeira
olhava-se revoando
seu futuro firmamento, sua futura terra, brisas surgidas
enquanto colibrizava vidas
dos ventos produzidos, do Imanifestado
que fora um colibri

Nossa Primeira Canção
Antes de haver-se criado,
no curso de sua evolução
sua futura morada,
sustenta-se no vazio
Antes que existisse Sol
Ele existia pelo reflexo de seu próprio coração
e fazia-se servir de Sol dentro de sua própria Divindade.

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